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SERÃO OS GAYS E AS LÉSBICAS PAIS/MÃES CAPAZES?
Para responder a esta questão talvez fosse de citar uma conclusão de um relatório publicado recentemente, em Fevereiro de 2002, pela “American Academy of Pediatrics”.Em aspectos como “Atitudes parentais, comportamento, personalidade e ajustamentos dos pais” ao “Desenvolvimento emocional e social da criança”, passando pela “Identidade de género e orientação sexual da mesma”, este estudo avança que há mais semelhanças que diferenças entre a forma como os homossexuais e os heterossexuais exercem os papéis parentais.
É POSSÍVEL QUE CASAIS HOMOSSEXUAIS ADOPTEM?
A resposta à questão é sim. Por exemplo: na Holanda é permitido que casais homossexuais adoptem crianças desde 1998; na Inglaterra discute-se a adopção por casais homossexuais na Câmara dos Lordes; em Portugal é possível que pessoas singulares, maiores de 30 anos, possam adoptar, de acordo com o decreto lei nº 120/98, deitando assim por terra a argumentação da necessidade de uma figura paterna/materna.
Que futuro para uma lei que permita a adopção por casais homossexuais em Portugal?
Nós diríamos que se avizinha um caminho difícil na luta da adopção pelos homossexuais em Portugal.
Antes de retomar esta luta talvez fosse de levar a bom porto outras igualmente prioritárias como é o caso da regulamentação da Uniões de Facto e da alteração do artigo 13º da Constituição Portuguesa, por forma a combater, também, a discriminação baseada na orientação sexual.
CONCLUSÃO
Citamos o relatório da “American Academy of Pediatrics”: “...as crianças são aparentemente muito mais influenciadas pelos processos/sinergias familiares que pela estrutura familiar.” Esta conclusão não contraria o senso comum: mais vale proporcionar um ambiente familiar estável a uma criança — onde os pais, independentemente da sua orientação sexual, manifestam satisfação na sua relação, grande amor pelas crianças e poucos conflitos interparentais — que deixá-la em orfanatos e outras instituições onde não tem o carinho e atenção de que necessita. Afinal o bem-estar da criança deve estar acima de tudo.
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Os gays e lésbicas não são nem mais nem menos predadores que os heterossexuais... O que é fundamental é uma selecção/avaliação cuidada dos adoptantes por parte das assistentes sociais, etc., que não passe pela discriminação baseada na orientação sexual.
Estudos americanos concluem que as crianças com pais homossexuais parecem suportar bastante bem o desafio que constitui perceber e explicar as suas famílias aos seus colegas e professores.Para além disso, o divórcio era há anos atrás um motivo efectivo de pressão sobre crianças em ambiente escolar. Com o aumento de casais divorciados, registou-se uma aceitação definitiva de crianças vivendo nessas circunstâncias.
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