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DIZEMOS NÃO À DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO!
Devido à insistência do nosso movimento, o governo informou que vai aplicar a Directiva Europeia para a igualdade no emprego e incluir explicitamente no novo Código de Trabalho a não discriminação com base na orientação sexual. Mais: face a uma denúncia, será o empregador a ter que provar que não discriminou. Mas esta vitória não pode escamotear todas as disposições deste Código do Trabalho que ainda afectam negativamente LGBT, mulheres, imigrantes e outr@s, e precarizam o trabalho de tod@s no desrespeito por direitos adquiridos na democracia portuguesa pelo que continuaremos combativos e vigilantes.
DIZEMOS NÃO AO PRECONCEITO!
Com que outro fundamento, que não o preconceito, não somos reconhecidos como família? Com que outro fundamento, que não o preconceito, não se permite o registo das uniões de facto? Com que outro fundamento, que não o preconceito, nos é negada a participação nos órgãos consultivos do Estado? Com que outro fundamento, que não o preconceito, apoia o Governo nas escolas o trabalho dum movimento que defende a abstinência sexual como método contraceptivo? Com que outro fundamento, que não o preconceito, se limita a escolha das mulheres nos seus direitos sexuais e reprodutivos?
DIZEMOS NÃO A TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA!
Dizemos não, e sempre dissemos não, a todas as formas de abuso sexual. Várias pessoas aproveitaram casos recentes mais mediatizados para promover a confusão entre homossexualidade e abuso sexual de menores. Alguma imprensa portuguesa cedeu o seu espaço para a divulgação destas posições – e silenciou as nossas. A essas pessoas e a essa imprensa, dizemos também claramente NÃO: NÃO à homofobia; NÃO ao aproveitamento chocante de factos chocantes para a promoção dessa homofobia; NÃO ao abuso do poder mediático para a promoção do ódio e da discriminação.
Em solidariedade e cooperação com os movimentos sociais e os participantes do Fórum Social Português, lutamos pela educação para a cidadania, pela promoção da diversidade, pela igualdade no trabalho, pela democracia informada e inclusiva. Estas são questões centrais, que afectam as nossas vidas diariamente. Esta luta parte de cada um(a) de nós é de tod@s nós. Somos muitas e muitos. Somos muitas vozes, somos muitos votos. Usemos essas vozes, usemos esses votos, quebremos os silêncios, digamos NÃO.
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