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Manifesto divulgado em Lisboa para assinalar Dia Internacional da Libertação Gay e Lésbica
Um manifesto de esperança. Em plena Semana do Orgulho Gay, naquele que é mundialmente celebrado como o "Dia Internacional da Libertação Gay e Lésbica", diversas associações homossexuais portuguesas deixaram por escrito aquilo que sentem. E sentem que há vitórias por celebrar. Há "orgulho". "Limitado" é certo. E por isso é que também sentem que continua a haver muitas arestas impossíveis de limar. Há "vergonha". Mas os autores do "Manifesto" são os primeiros a adiantar que "a sociedade mudou". E mudou fruto do trabalho das associações, que rejeitam liminarmente a imagem que delas faz passar um certo "mau jornalismo". A comunidade lésbica, gay, bissexual e transexual (LGBT) recusa ser confundida com "grupos privilegiados de grande poder económico", ou ser rotulada de "lobby obscuro", tipo "maçonaria secreta". Imagens que procuram "negar a discriminação" e a realidade.
De cabeça erguida
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A esperança não morre
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A parte pior, os filhos
Vem depois a parte pior. Os filhos. Uma mulher não casada não pode proceder à inseminação artificial. Há unidades de saúde que persistem na recusa de dom de sangue de indivíduos homossexuais. Que também não podem sonhar com a adopção. Os transexuais, quanto a eles, chocam sempre com os mesmos obstáculos quando precisam de mudar a identificação oficial.
Socialmente, termina o texto, há os boicotes na distribuição de produtos culturais de temática LGBT e a História insiste em esquecer o passado sexual de muitos mitos. E há a realidade fora das grandes cidades, que multiplica vezes sem conta tudo o que ficou dito atrás. Antes da assinatura - pela ILGA Portugal, Clube SAFO, Grupo Oeste Gay, Grupo de Trabalho Homossexual do PSR, Lilás, Nós-Movimento Universitário pela Liberdade Sexual e PortugalGay.pt -, regressa a esperança. Se houve progressos, é porque este país os aceitou. Tal como aceita a luta pelos direitos das mulheres, dos imigrantes e outros discriminados.
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