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Lei das uniões de facto é positiva, mas o problema está na sua aplicação
A lei das uniões de facto foi uma "vitória importante", mas falta regulamentação e aplicação. Este foi um dos pontos do manifesto de um conjunto de associações de defesa de direitos de homossexuais, lido ontem, em Lisboa, na comemoração do Dia Internacional da Libertação Gay e Lésbica.
[...] No manifesto "2001 Homofobia pró espaço!", as associações consideram que esta lei "não é o fim de nada": "É quando muito um princípio." Alertam para o facto de que a sua aplicação vai suscitar resistências e que faltam outras "realidades que é preciso mudar". Como por exemplo, nas políticas de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis. O manifesto sublinha que "os e as transexuais continuam a deparar-se muitas vezes com obstáculos irracionais à alteração dos seus documentos de identificação; e que "gostar do mesmo sexo fora das grandes cidades continua a ser particularmente dramático". A homossexualidade, diz o manifesto, continua incompreendida, apesar de "atravessar toda a sociedade, todos os sectores profissionais, todas as classes sociais". O manifesto é subscrito pela Associação ILGA Portugal, Clube Safo, NÓS - Movimento Universitário para a Liberdade Sexual, Grupo Oeste Gay, PortugalGay.pt, Grupo de Trabalho Homossexual do PSR e pelo Grupo Lilás.
O Dia Internacional da Libertação gay e lésbica comemora-se no aniversário da "revolta de Stonewall", ocorrida em 1969, na cidade norte-americana de São Francisco, quando os homossexuais se revoltaram contra a repressão policial exercida sobre eles.
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